quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


Jabuti

Se você quiser ouvir o som do Jabuti-piranga (Geochelone carboraria) clique aqui. Para ouvir o som do Jabuti-tinga (geochelone denticulata) clique aqui. 
Este animal é protegido pelo IBAMA e esta na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção publicada (Portaria no 1.522, de 19 de dezembro de 1989). Como todos os animais silvestres, requerem autorização especial do IBAMA para serem criados em cativeiro.
Existem duas espécies de jabutis reconhecidas para o Brasil, a saber: jabuti-piranga(Geochelone carbonaria) e jabuti-tinga (Geochelone denticulata). Podem viver muitos anos e isso ainda é razão de muita controvérsia, mas com certeza podem atingir os cem anos. 

Jabuti-piranga 

FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Chelonoidis 

SUBORDEM:Cryptodira
FAMILIA: Testudinidae

GÊNERO:
Geochelone
NOME CIENTÍFICO: Geochelone carbonaria
NOME EM INGLES: Red-footed Tortoise 

NOME COMUM: Jabuti-piranga
CARACTERÍSTICAS:
Tamanho: Os machos são maiores que as fêmeas, em média 30.4 cm e as fêmeas 28.9 cm. Máximo de 40-50cm.
Peso: 6 a 12 kg
Época de reprodução: Primavera/verão.
Maturidade Sexual: entre 5 e 7 anos
Nº de ovos: 6 ou 7, mas alguns autores mencionam posturas de 15 a 20 ovos.
Incubação: de seis a nove meses.
Tempo de Vida: em torno de 80 anos 
Possui carapaça relativamente alongada. Em geral, é de colorido mais vivo que o Geochelone denticulata. Possui escamas da cabeça e da pata de cor vermelha. No Brasil, normalmente não são mantidos em terrários fechados. É mais comum vê-los às quantidades em grandes recintos ao ar livre e expostos às variações climáticas. Se não puder manter este animal em recintos fechados e a opção for abertos, é importante que o chão seja gramado e não de terra batida, muito menos concreto ou qualquer outro tipo de solo abrasivo. A grama impede que os animais provoquem atrito no plastrão, o que seria inevitável num substrato abrasivo; ainda, os machos no período reprodutivo caminham encaixados sobre as fêmeas e tendem a pôr o pênis em contato com o solo, que se for abrasivo pode resultar em graves feridas. Deve, pois, ser reposta periodicamente, uma vez que seja bastante pisoteada, mormente se o recinto contiver muitos animais.
Habitat: ocorre na região central do Brasil
Jabuti-tinga
 
FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Chelonoidis
SUBORDEM:Cryptodira
FAMILIA: Testudinidae
GÊNERO: Geochelone
NOME CIENTIFICO: Geochelone denticulata
NOME EM INGLES: Yellow-Footed Tortoise
NOME COMUM: Jabuti-tinga
CARACTERÍSITCAS:
Tamanho: Os machos são menores que as fêmeas, podendo atingir até cerca de 40 cm de comprimento. As fêmeas chegam até 70 cm.
Peso: 6 a 12 kg
Maturidade Sexual: entre 5 e 7 anos
Época de reprodução: Primavera/verão.
Nº de ovos: 6 ou 7, mas alguns autores mencionam posturas de 15 a 20 ovos.
Incubação: de seis a nove meses.
Tempo de Vida: em torno de 80 anos
Sua manutenção também requer grandes espaços, observando-se todos os cuidados com tipo de piso e temperatura, uma vez que também são animais usualmente mantidos em recintos abertos.
Esta espécie caracteriza-se por uma coloração em geral mais clara que a precedente. A denominação denticulada provém dos dentículos que os filhotes apresentam nas bordas das escamas marginais da carapaça. à medida que os animais vão se desenvolvendo, perdem os dentículos, mas conservam o colorido amarelado.
É nitidamente maior que o Geochelone carbonaria. É na verdade a maior espécie de jabuti da América do Sul e habita florestas densas.
Habitat: norte de Brasil, tendo também hábitos mais florestais.
Alimentação
Os jabutis, ao contrário do que muitas pessoas pensam, devem receber uma dieta de qualidade e bem diversificada. Em cativeiro podem ser mantidos com camundongos abatidos ou carne como suplemento de cálcio (em dias alternados). Frutas: uvas, abóboras, bananas, mamão, pêras. Flores: pétalas de rosa*, flores de hibisco e de ipê-amarelo. Verduras: escarola, e um pouco de carne moída e cogumelos. Duas ou três vezes por semana pulverizar sobre o alimento, um suplemento alimentar, como por exemplo o Vionate. No caso de filhotes, pique tudo bem miudinho. Água à vontade.
* As pétalas devem ser de rosas cultivadas em quintais e não de floriculturas, pois caso contrário estarão impregnadas de herbicidas, o que pode ser fatal para os animais.
Reprodução
Nem sempre é possível identificar o sexo dos répteis, visto que em boa parte das espécies não há diformismo sexual e alguns caracteres sexuais externos são visualizados apenas na época da reprodução.
Nos jabutis uma das principais características é o plastrão, que nos machos é côncavo e nas fêmeas é reto, ou mesmo convexo. Isso facilita o procedimento da cópula, de modo que o macho possa encaixar-se sobre a fêmea. O orifício cloacal nos machos está situado mais afastado do plastrão que nas fêmeas. Em função das fêmeas porém ovos, suas placas anais formam um ângulo mais pronunciado que nos machos, facilitando assim a saída dos ovos, no momento da postura.
O período reprodutivo é determinado pelas estações do ano e ocorre principalmente a partir do mês de outubro, tendo seu ápice em janeiro. Essas épocas podem variar um pouco, de região para região. Os machos devem ser maiores que as fêmeas para que com seu peso possam ter maiores chances de fecundá-las.
Quando existe mais de um macho, eles vão disputar a fêmea, os machos recolhem a cabeça e batem repetidamente seus cascos um nos dos outros, mas não chegam a se machucar. Como nem sempre a fêmea aceita o macho, os criadores que têm vários Jabutis os deixam juntos para aumentar as chances de cruzamento. Ao acasalar, o macho emite um chiado típico. Os jabutis costumam enterrar os seus ovos em local que lhes parecer mais apropriado, em geral onde bate muito sol e a terra tem consistência que lhes permite cavar. Esses animais não camuflam o lugar, o que torna possível identificá-lo pela terra remexida.
Os ovos devem ser recolhidos porque dificilmente ocorrem as condições ideais de temperatura e umidade para eclodirem. Uma vez localizados, é preciso não mudá-los de posição. Marque-os com um "x", a lápis, na parte superior para melhor controle.
Os ovos dos jabutis não devem ser virados, pois por não possuírem os mesmos mecanismos de proteção interna existentes nos ovos das aves, fatalmente o embrião pode sofrer danos mecânicos. Ainda, também para que tenha sucesso incubando ovos de jabutis, é importante a existência de bons machos, pois é muito comum que as fêmeas realizem posturas com ovos não fecundados.
Os ovos devem ser submetidos a uma temperatura média de pelo menos 27ºC, para seremfecundados. O ideal é que logo após a postura os ovos seja colocados em uma incubadora, com altura de aproximadamente de 40cm, que pode ser feita com um aquário, contendo uma lâmina de água de 8cm e tendo uns 2cm acima desta lâmina uma tela na qual devem ser colocados os ovos. A água então deve estar permanentemente aquecida a 28ºC. Pode-se colocar um aquecedor na água com termostato e um termômetro para controlar a temperatura. A incubadora deve estar fechada, podendo ser mesmo um plástico cobrindo o aquário, mas bem fixo com uma fita adesiva. Nessa condições, se os ovos estiverem fecundado, os filhotes devem nascer em torno de 6 meses.




Assim que os jabutizinhos nascerem devem ser retirados da maternidade e devem ser colocados dentro de uma bacia. Por cima, ponha lâmpadas de 25 a 60 watts. Mantenha-os em ambiente fechado, para manter a temperatura ao redor de 26 graus. Não é necessário oferecer alimentos pois eles só começam a se alimentar com um mês de idade. Até lá, nutrem-se com a reserva vitelínea que mantêm no abdômen ao saírem do ovo. Basta colocar uma vasilha rasa com água para beberem. Quando completarem um mês, podem ser transferidos para junto dos pais.
É importante atendê-los com uma dieta balanceada, satisfazendo assim e principalmente às exigências de vitamina A.
Terrário
Em princípio, pense em utilizar substratos que tenham as seguintes características:
  • O local deve ser fácil de manter a higiene do recinto;
  • Não deve encharque com facilidade;
  • Os objetos colocados dentro do terrário devem ter um tamanho grande, o suficiente para não ser engolido pelo animal (Jabutis gostam de engolir coisas bizarras...);
  • O piso não deve ser abrasivo ou cortante;
  • Tem que oferecer um certo conforto térmico;
  • Deve ser prático e barato.
Nota-se portanto que não é tão simples assim escolher um substrato. Descarte, areia ou terra, muito menos serragem. Folha de jornal é bom e prático, porém não é esteticamente agradável. Existe um substrato chamado Repti Bark da Zoomed que é composto por cascas de arvores especialmente tratada. Outra opção é um carpete ou grama sintética, ambos também dedicados a répteis. Estes últimos são realmente ótimos e práticos.
Primeiro tire a Terra. Tamanho ideal é sempre em proporção ao tamanho do animal, lembre-se que Jabutis ficam grandes... Quanto ao bebedouro, um pratinho destes de vaso de planta geralmente permitem que jabutis pequenos entrem e saiam com facilidade e se for necessário coloque umas pedras dentro como degrau.
Este animal também é sujeito à Sindrome metabólica esquelética caso não receba iluminação adequada.
Higiene
A higiene é imprescindível para a manutenção de répteis em cativeiro. Recomenda-se que a limpeza dos terrários seja freqüente e a troca de água seja diária. Os excrementos devem ser retirados antes da limpeza. Os utensílios de cada terrário devem ser exclusivos, evitando carrear microorganismos de um local para outro. Comedouros e bebedouros devem ser limpos após o uso. Antes de ocupar um terrário com novos animais, precerde-se-á a desinfecção. Os desinfetantes à base de fenóis não devem ser usados, pois são normalmente ineficazes no combate à Pseudomonas, um microorganismo freqüente nos terrários. Um desinfetante eficiente e de baixo custo é o hipoclorito de sódio (água sanitária), diluído na proporção de 3% em desinfecções rotineiras. O iodofór (iodo orgânico) é eficaz contra vírus, bactérias e fungos e bastante seguro para os répteis. na prática, o agente químico de desinfecção deve permanecer em contato com as superfícies por 15 a 30 minutos, antes de serem enxaguadas. A maioria dos desinfetantes são inativos em presença de material orgânico, sendo portanto necessária a limpeza de excrementos e detritos antes da desinfecção.
Não é preciso que a higiene das instalações se torne uma obsessão. Basta adotar práticas que passem a ser rotinas de trabalho.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


 
 
 



comuns à raçaSobre o Bouvier de FlandresO FilhotePadrão 
 O Bouvier de Flandres, como o próprio nome sugere, teve sua origem ligada ao trabalho nas fazendas, cuidado dos rebanhos na região de Flandres, que abrange parte da França e da Bélgica, tanto que é considerado um cão franco/belga. Apesar de ser muito difícil precisar quais cães foram utilizados na formação da raça, pode com relativa segurança que os cães utilizados eram muito similares entre si, sendo necessariamente cães robustos que suportassem longas jornadas de trabalho junto aos rebanhos.
Segundo os estudos do professor Reul (renomado historiador e especialista em cães belgas), Bouvier des Flanders seria descendente do cão das turfeiras, um animal selvagem que foi pouco a pouco domesticado pelo homem. Com o passar dos séculos e seguramente no norte da França, na Bélgica e nos Países Baixos, este cão teria dado origem aos antepassados dos pastores Picard, Holandês, Belga e a diversos Bouviers que antes viveram nessas regiões.
Outra teoria, defendida por cinólogos espanhóis, afirma que uma vez que a região de Flanders pertencia à coroa espanhola no século XVI, o Bouvier bem como o Pastor de Languedoc, uma raça muito antiga que nunca foi reconhecida, pode ter sido introduzida pelas tropas espanholas nessas regiões do Norte e que mais tarde teria recebido, no século passado, sangue de Barbet ou de Berger Picard. Outros estudiosos afirmam ainda que teriam havido cruzamentos com Beaucerons, Griffons e Deerhounds.
Qualquer que seja a teoria sobre a evolução do Bouvier, é certo que é uma raça que se fixou tarde. Durante muito tempo, tanto na Bélgica como nos Países Baixos e na França, foram muitas as variedades de Bouviers. Conforme o país, Bélgica ou França, chamavam-lhes "Bouvier des Flanders Belga" ou "Bouvier des Flanders Francês".
A Sociedade Real de São Humberto tomou conhecimento da raça em 1910 quando dois exemplares foram exibidos numa exposição internacional realizada em Bruxelas e só em 1912 um padrão foi adotado, nesta ocasião, por iniciativa do Bouvier Club de Courtrai. Para idealizar este padrão, os cinólogos belgas decidiram escolher o Bouvier des Roulers, descrito como um cão fila de pêlo negro, cabeça larga e expressão nobre e inteligente. Mas este padrão era muito diferente do que os criadores franceses defendiam na época, o que fez com que a raça tivesse 2 padrões diferentes entre o final da Primeira Guerra Mundial até meados dos anos sessenta.
Durante este período e especialmente no pós-guerra, a região onde eram criados foi praticamente destruída e muitos cães foram abandonados ou morreram, sendo alguns levados pelos alemães. Foi graças ao empenho dos criadores que a raça recuperou-se nos anos seguintes.
Mas foi apenas em 1965, que o clube dos adeptos franceses dessa raça firmou um acordo pelo qual se adotou um padrão único, que é o que está atualmente em vigor e cuja nacionalidade é franco-belga.
O Bouvier de Flandres destaca-se acima de tudo como um cão de trabalho e apesar de ter seu tipo padronizado, uma das grandes preocupações dos criadores na Bélgica é com a possível perda das qualidades funcionais que o tornou tão útil no trabalho nas fazendas, como boiadeiro e guardião do gado e da propriedade.


O Bouvier de Flandres é, acima de tudo, um cão de trabalho, e como tal deve ser inteligente, tranqüilo , equilibrado e muito valente, qualidades essências não apenas na função com os rebanhos, mas também para suas funções de cão de guarda.
Bastante afetivo e protetor com os membros de sua família e dotado de um sentido de iniciativa muito desenvolvido, é capaz de defender o dono quando estiver em perigo mesmo que não tenha sido adestrado especialmente para esta função. As mesmas características não o recomendam para donos inexperientes ou que não saibam se impor ao cão como líder.
Por ser um cão rústico, agüenta bem as brincadeiras mais abrutalhadas das crianças, com que tem bastante paciência, mas em função de seu tamanho, as brincadeiras devem ser sempre supervisionadas por um adulto.
É um cão com grande energia e resistência, sendo muito indicado para pessoas que tenham uma vida ativa e que desejem um companheiro para caminhadas e outras atividades como agility. Seus reflexos e grande destreza, fazem do Bouvier des Flanders um excelente cão de resgate, motivo pelo qual é freqüentemente utilizado no socorro a vítimas de catástrofes e combate anti-drogas.
Na classificação do pesquisador Stanley Coren, em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Bouvier ocupa a 29ª posição entre as 133 raças pesquisadas.


Os filhotes, assim como os adultos, são bastante ativos e curiosos. É comum que só atinjam a maturidade mais tarde do que as demais raças e por isso, é fundamental que, durante o período de crescimento, o proprietário saiba impor seus limites e inicie o processo de educação do filhote. É importante sempre lembrar que como é um cão que terá um porte grande e força atlética acima da média, capaz de intimidar qualquer um, é fundamental que o filhote realmente perceba desde cedo que não é ele quem manda ou determina as rotinas da casa. O treinamento de obediência é absolutamente essencial para a raça, inclusive porque reforça os laços entre cão e proprietário.
Seu porte físico e alto nível de atividade, não o recomendam para apartamentos. É um cão que foi desenvolvido para viver em espaços amplos e de preferência, ao ar livre, com espaço suficiente para que possa ir e vir à vontade, desempenhando o seu papel de guarda.Apesar de tolerar relativamente bem a solidão, não é indicado para proprietários que não queiram realmente partilhar as atividades com o cão. Por isso, é importante que o cão esteja inserido na rotina da família.


A pelagem do Bouvier é dupla com subpêlo protetor e impermeável e pêlo de comprimento médio, em torno de 6 cm levemente eriçado, sem ser lanoso nem encaracolado. Na cabeça o pêlo é mais curto e existe a formação de bigode e barba.
Sua cor varia desde o amarelo até o preto, passando pelo sal-e-pimenta, cinza e tigrado.
Para manter a textura (áspera) e aparência do pelo, é importante escová-lo semanalmente. Os banhos devem ser evitados. Se o cão estiver realmente sujo, pode-se limpar o pêlo com um xampu seco próprio. Mas deve-se cuidar para que a pelagem conserve um aspecto natural. Da mesma maneira, não se deve cortar os bigodes e as sobrancelhas, bastando penteá-los de modo a que não fiquem na frente dos olhos.
As orelhas devem ser cortadas nos países em que esta prática é permitida, como o Brasil. Já em países como a Grã-Bretanha e Alemanha, os cães não devem ser operados. A cauda também pode ser amputada nos países em que não há restrições. Alguns exemplares podem nascer anuros.


O Bouvier é um cão bastante rústico com poucos problemas de saúde.
  • Algumas linhagens apresentam maior predisposição para apresentar displasia coxo-femural. Por isso é importante adquiri cães cujos criadores realizam o controle de displasia do plantel.
  • Também existem relatos de problemas relativos à tireoide.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


DONAR OF CHAPUTEPEK
 
 







 
 MISTY MEADOW GORGEOUS GEORGEO Mastiff Inglês, também conhecido como Old English Mastiff é uma raça muito antiga e certamente descende dos grandes "mastins" da antigüidade, cães gigantes normalmente originados da Ásia e que se espalharam por toda Europa. Eram conhecidos dos grandes imperadores romanos que adotavam os ‘mastins’ em suas frentes de batalha. Eram cães grandes, valentes e bastante resistentes.Segundo alguns historiadores, os mastins eram usados como cães de guerra pelos povos Celtas e acompanhavam seus donos em suas batalhas. Quando os Romanos invadiram a Britânia, eles levaram os cães de volta a Itália e os usaram para guarda de propriedades e prisioneiros. Até 1835, eram usados em combates com outros animais até que esse tipo de ‘lazer’ foi proibido.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foram usados para colocar os carros de munição nas frentes de batalha. Até em função disso, com o fim da Guerra a raça encontrava-se bastante dizimada e foi salva da extinção com o trabalho sério de criadores, que utilizaram inclusive o cruzamento com o São Bernardo para salvar a raça. Deste cruzamento a principal contribuição do São Bernardo foi a suavização do temperamento da raça. Mas ainda hoje, 50 anos depois, ainda aparecem nas ninhadas cães com pelagem mais longa e manchas brancas na cara, nas patas e no peito.
Há sangue de Mastiff em várias outras raças conhecidas atualmente, como o Bullmastiff,RottweillerDogue AlemãoTerra NovaSão BernardoFila Brasileiro, etc.


Nuevo2.jpg (25003 bytes)Apesar de seu tamanho gigante – um exemplar da raça é o cão mais pesado do mundo, segundo o Guinnes Book – o Mastiff tem um temperamento especial.
Mesmo tendo sido desenvolvido e selecionado para cumprir a função de guarda, o bom Mastiff deve ser um cão calmo, seguro e bastante ligado à família e pessoas de seu convívio.
Não devem demonstrar comportamentos agressivos quer com humanos ou outros animais (inclusive outros cachorros). A despeito do seu tamanho, são excelentes companheiros para as crianças com as quais têm bastante paciência inclusive com aqueles brincadeiras mais ‘violentas’.
Como cães de guarda são excelentes e atuam com muita segurança e eficiência. Tem um estilo de guarda bastante peculiar, preferindo, em casos de necessidade, encurralar a ‘vítima’ deixando-a imobilizada e só irá mordê-la em último caso.Mastiff pratica agility
Talvez até em função do seu tamanho, são cães de baixa atividade e que latem pouco, assim, diz-se que quando um Mastiff late, é porque de fato merece atenção. Apesar de serem cães considerados ‘tranquilos’, o Mastiff precisa de exercícios para que não desenvolva problemas como o excesso de peso.
Um cuidado especial a ser tomado é de promover a convivência estreita dos cães com as pessoas da casa. Esse contato é essencial para um bom desenvolvimento psicológico de qualquer cão e dos mastiffs em particular.


filhotes CHAPUTEPEK.jpg (18276 bytes)Para que o filhote se desenvolva bem, alguns cuidados são essenciais. A primeira providência é estabelecer claramente a sua liderança sobre o filhote e socializá-lo tanto com pessoas como com outros animais. Aulas de obediência são bastante recomendadas, até porque facilitam o controle sobre os cães quando adultos e há muita controvérsia sobre a real necessidade de adestramento para guarda. Um filhote bem educado e equilibrado certamente se transformará num adulto confiável.
Na escolha de um filhote, o futuro proprietário deve dar sempre preferência aos que não sejam nem excessivamente arredios nem agitados ou festeiros demais. O equilíbrio da raça é fundamental e pode ser notado mesmo num filhote.nomorefight.jpg (28555 bytes)
Outro cuidado especial é quanto à alimentação. Os Mastiffs são cães de crescimento rápido e por isso a alimentação deve ser a melhor possível durante o primeiro ano de vida, com altos índices de proteína e cálcio.
Da mesma maneira deve-se tomar cuidado redobrado com o tipo de piso no qual viverá o filhote. Pisos lisos e/ou escorregadios podem provocar lesões ósseas e/ou musculares que podem prejudicar a movimentação e qualidade de vida do cão.
Outra recomendação importante é quanto ao volume/intensidade de exercícios. Deve-se tomar especial cuidado e não extenuar o filhote. Exercícios regulares são mais recomendados do que ‘maratonas’ que podem levar ao desenvolvimento de problemas de articulação.


O padrão da raça aceita 3 cores para os Mastiffs; fulvo-tigrado, fulvo-abricó e fulvo-prateado; todos com uma máscara e orelhas pretas; possuindo uma pelagem média para pequena.
No entanto, as cores dos filhotes só se definem realmente após os 45 dias. Os de cor fulbo-tigrada nascem pretos. Os fulvo-abricós e os fulvo-prateados nascem acizentados, sendo que os prateados são ligeiramente mais escuros.
Não há nenhum limite de altura superior e nenhuma faixa de peso no Padrão de Mastiff. O mínimo recomendado pelo padrão é de 69,85 cm até 91,44 cm para o excepcionalmente alto.
Eles podem pesar entre 49,8 Kg até 155,4 Kg de Zorba, o maior cachorro do mundo, embora a maioria machos de Mastiff pesem ao redor de 72,5-104 Kg e as fêmeas entre 54,4-77 Kg.


CHCedwallaSweetCharity.jpg (23105 bytes)Os Mastiffs são cães muito resistentes, no entanto, como todas as raças podem apresentar problemas mais específicos. Os principais (e mais comuns) problemas da raça são:

LOTHAR DI GROTTAMMARE

 
 







 
 Imagem do site do Club Español de los Molosos de ArenaO Mastim (Mastino) Napolitano é uma raça bastante antiga, sendo citado por grandes oradoras da Roma antiga, como Columela, que assim caracterizava o ‘bom cão guardião’: "cão guardião da casa deve ser preto, ou escuro, para atemorizar o ladrão de dia e poder atacá-lo à noite, sem ser visto. A cabeça é tão importante que se apresenta como a parte mais importante do corpo, as orelhas são caídas e pendem para a frente..." No entanto, apesar de ser citado por muitos historiadores ao longo da história, a origem precisa da raça continua sendo um assunto bastante controverso.
Alguns historiadores afirmam que os Mastins seriam descendente dos cães que Alexandre, o Grande, conheceu na Índia e havia levado para Roma. Outros acreditam que a raça seja descendente direto dos molossos romanos, usados nas guerras contra os exércitos inimigos e outros ainda afirmam que a raça tenha sido originada do cruzamento entre os molossos romanos e os "Pugnaces Britannie", trazidos da Inglaterra pelos soldados romanos, quando eram usados não apenas para a guarda de propriedade, mas também pelos exércitos como cães de ‘guerra’, sendo importantes auxiliares das legiões.
Mas, de maneira geral, todas as correntes acreditam que o Mastim colaborou para a constituição de muitas outras variedades de molossos, como o Rottweiler e o São Bernardo.
Apesar da antigüidade, o Mastim Napolitano só foi reconhecido oficialmente como raça bem mais recentemente e esse feito deveu-se, especialmente, ao trabalho de seleção do escritor Piero Scanziani, que interessou-se pelos cães apresentados na 1ª Exposição Canina em Nápoles. Foi ele quem iniciou um trabalho de seleção e em 1949, conseguir junto ao E.N.C.I. (Ente Nazionale Cinofilo Italiano) o reconhecimento oficial da raça, cujo padrão definitivo foi fixado apenas em 1971.


na4.jpg (10789 bytes)De boa índole, especialmente com os donos, a quem é extremamente leal, o Mastim Napolitano é um cão que sempre foi utilizado para a guarda, função na qual se consagrou por exercê-la de maneira bastante equilibrada.
Seu aspecto físico contribui bastante para este sucesso. Sua cabeça, considerada a maior entre todas as raças caninas, tem um aspecto muito particular e no conjunto, seu crânio extremamente largo e achatado, focinho muito grosso e curto, formam a aparência de "gigante feroz" de expressão carrancuda que caracteriza o estereótipo da raça.
Não costuma latir desnecessariamente, mas se o faz, o efeito é realmente atemorizante e na mesma lógica, não é um cão que apenas ‘ameace’ um ataque.
A boa convivência com os Mastins deve ser construída pelos donos desde cedo, com aulas de socialização e obediência. Segundo criadores, o Mastim não deve receber adestramento para ataque, uma vez que instinto natural já o qualifica para a função.
Segundo o padrão da raça, o Mastim deve ser um cão dócil, realmente apegado ao dono e à sua família. Apesar de ser considerado muito paciente com as brincadeiras infantis, em razão de seu porte físico, é sempre importante que o contato seja supervisionado. É um cão que apesar de seu tamanho avantajado, é extremamente afável com os que conhece e para seu bom desenvolvimento emocional, necessita de contato com as pessoas.Imagem da coleção Nossos Amigos, os Cães
Muito forte e robusto, é um cão que resiste bem ao esforço físico, sendo utilizado em algumas regiões da Itália como cão boiadeiro.
Até em razão de seu porte físico (o tamanho máximo permitido pelo padrão é de 77cm na cernelha – junção do pescoço com o tronco do cão), o Mastim não é um cão muito agitado ou ativo, mas apesar disso, é um cão que precisa realmente de espaço. Não costuma galopar, mas em compensação, tem uma forma de ‘trote’ muito característica, especialmente por causa do aspecto pesado que tem quando adulto.


Imagem do site do Canil  Signori D'ArezzoA principal característica do Mastim é o crescimento acelerado. Um filhote que nasce com cerca de 500 gramas, aos 2 meses pode pesar cerca de 12 kg e aos 6 meses chega até a 50 quilos. Assim, o principal cuidado com o filhote deve ser com a alimentação, que precisa ser rica em cálcio e vitaminas, procurando assim evitar os problemas advindos da carência desses nutrientes, como a descalcificação, displasia e problemas nas juntas.
A escolha do filhote deve ser pautada pela responsabilidade do criador. É fundamental que o novo dono conheça os pais e ateste seu bom temperamento.
Outros sinais físicos importantes para a escolha do filhote:
  • Quanto mais curto for o focinho, melhor. Caso seja longo, a pele tende a esticar com o crescimento e ele não terá, quando adulto, as rugas características da raça.28.jpg (9551 bytes)
  • Ainda quanto às rugas... elas se apresentam de 4 jeitos diferentes no filhote: há os que nascem com quase nenhuma (o que indica que não desenvolverá quando adulto); os que nascem com elas, mas depois as perde para sempre – o que acontece especialmente com os exemplares com focinho mais longo; os que nasces com rugas, as perde e mais tarde, entre 7 meses e um ano, fica enrugado de novo. Por último, o tipo considerado ideal, é o que nasce enrugado e assim permanece. Para saber a qual tipo pertence o futuro filhote, só mesmo vendo os pais.
Outro cuidado importante na escolha do filhote diz respeito à sua pigmentação. É fundamental que o nariz seja escuro, caso contrário é sinal de despigmentação e o padrão desqualifica. Os olhos podem ser azuis até os seis meses, mas depois devem escurecer, acompanhando a cor da pelagem.
O Mastim só atinge seu auge físico aos 3 anos de idade, quando pode chegar a pesar até 85 quilos.


Os principais (e mais graves) problemas do Mastim Napolitano são devidos à sua própria estrutura e constituição física.na2.jpg (10812 bytes)
  • Displasia coxo-femural – má-formação do encaixe do fêmur com a bacia. Pode ser tanto de origem genética ou como adquirida em razão da exposição do cão a pisos lisos. Não tem cura. Por isso, a escolha do filhote junto a um bom criador é fundamental, assim como a alimentação do filhote com rações de primeira qualidade e acompanhamento do veterinário quanto à adição de suplementos de cálcio e vitaminas.
  • Obesidade – o Mastim é considerado um ‘guloso por natureza’ e tem tendência a apresentar problemas de excesso de peso que pode comprometer a estrutura óssea. Para evitar esse problema, além de não dar comida ‘demais’, é importante exercitá-los sempre, com caminhadas diárias.
  • Torção gástrica – pode-se evitar esse problema dividindo a porção total de ração, evitando dar toda a comida de uma única vez.
  • Dermatite – O Mastim, especialmente o tipo mais enrugado pode apresentar problemas de acúmulo de sujeira e umidade na pele. Para evitar esse problema, é importante secar bem o cão após o banho ou exposição à chuva.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Saiba um pouco mais
     O cavalo é um ser que habita a terra há cerca de 5 milhões de anos. Vive coletivamente, sempre em manadas. Por esse motivo, tem sempre um líder, ao qual todos os membros obedecem aos comandos sem qualquer contestação. Normalmente, essa liderança é obtida por meio de combates entre os candidatos e o vencedor ocupa a liderança até a próxima luta com outro aspirante, podendo ser até da mesma manada ou de uma outra qualquer.
     O cavalo é um animal herbívoro, ou seja, que se alimenta de gramíneas (capim), tendo uma digestão bem típica, com grande absorção intestinal, sendo que hoje, por influência da ação dos humanos, tem mudado seu hábito alimentar ingerindo ração, concentrados, cenoura, milho e outros tipos de alimentos que somente agora teve contato. 
     Hoje os cavalos vivem, em média, 25 anos, atingindo sua idade adulta aos cinco anos, podendo procriar normalmente a partir dos 2,5 anos. Sua gestação é de 11 meses, tendo um filhote, raramente dois.
     O potro quando nasce não possui dentes, sendo que os primeiros fazem sua erupção aos dez dias, completando a arcada dentária provisória ou de leite até os seis meses. Os dentes de leite ou caducos começam a ser substituídos por volta dos 2,5 anos e terminam aos cinco anos, quando são considerados adultos.
     Uma égua produz cerca de 15 litros de leite por dia e o potro mama de hora em hora até os 6 meses, quando começa a se alimentar com outro tipo de comida, além do leite materno.
     Na boca do cavalo começa a sua digestão alimentar que, com a apreensão pelos lábios e corte pelos dentes, além da saliva que possui as primeiras enzimas alimentares, iniciam a quebra dos alimentos com uma química muito específica.
     Os dentes são em número de 40, sendo que as fêmeas não possuem o dente canino, assim sua dentição completa (feminina) é de 36 dentes. Por esse motivo, ao vermos uma mandíbula de eqüino, podemos saber seu sexo bem como sua idade, já que o desgaste dentário nos fornece a idade aproximada do indivíduo. 
     O estômago do cavalo é o menor, proporcionalmente, entre as espécies, pois quando o alimento se encontra nesse órgão há grande produção de gases e por uma contingência anatômica, da parte anterior do estômago do eqüino, o gás não reflui (o cavalo não arrota), para eliminar os gases formados em abundância na digestão, causando assim um elevado número de mortes com ruptura do estômago e peritonite.
     A circulação sangüínea do cavalo é outro ponto importante na rotina diária, pois o coração bombeia o sangue para as partes periféricas (sangue arterial) e os cascos por uma ação mecânica faz com que o sangue reflua para o interior do corpo - circulação de retorno - (sangue venoso) que o cavalo, quando retira do solo o membro para mudar o passo, o tecido córneo - casco - se contrai e bombeia o sangue para o interior do corpo, funcionando como se fossem outros quatro corações e toda alteração nesse mecanismo traz sérias conseqüências para a vida útil do animal. Causa também um grande número de doenças, chamadas de aguamento, pois o cavalo fica com muita dor nas patas e com um grande aumento de volume, pois há acúmulo de um líquido amarelo. Como se fosse água (na realidade nada mais é do que o sangue venoso acumulado em suas patas, que não conseguiu fazer o caminho de volta ao coração). Quando isso ocorre, causa um grande desconforto e muita dor, podendo até mesmo ocorrer a morte do animal.
     O cavalo é a única espécie animal que possui 18 pares de costelas, dando um grande comprimento de corpo, principal característica utilizada pelo homem (local onde o cavaleiro senta) e que nós chamamos de lombo.